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Eu tenho poucas palavras, mas muito fascínio
Ela merece mais que um poema, merece livros
A beleza dessa menina conflita meu raciocínio
Me fará correr na chuva e dar flores aos vivos
Ela me ensina as melhores coisas dessa vida
Como é que faz pra contar estrelas e encontrar
Aquela que é a mais bonita, nossa preferida
Que o melhor tempo é o que deixamos passar
Ela é complexa demais pra caber numas rimas
Onírica demais pra métrica de uma poesia
Mas é simples como aquele azul tênue da Lua
Um poema que Drummond chamou de azia
Aquele sussurro de borboleta que me atenua
Aquela canção das sereias do rio Amazonas
A desordem de andorinhas ao léu, brincalhonas
Ela não para quieta pra caber dentro dum livro
Mas encontro uma pegada dela em cada poema
Ela me beija e de repente me sinto mais vivo
Se dane o filme, ela fica linda na cadeira do cinema
Vamos sair sozinhos pra esquecer desse mundo
Ouvir o vento uivar olhando o céu profundo
Sentir o cheiro do mar e contar uns segredos
Abrir as asas desnudas, deixar cair esses medos
Quebrados, os cacos dos receios e preceitos
Rotos no chão, liberam o amor e o pensamento
Pulsa um bom sentimento, um desses sem nome
Que ouço cantar repouso do alto dos seus peitos
Que não são seios, pois toda palavra é desnuda
Vendo que tão alto estamos, nos inveja Buda
Eu olho e beijo a cor daquela boca carnuda
Até o fim do que não tem fim, que Deus nos acuda.

Daniel Canhoto


   Hoje foi a vez do Daniel Canhoto dar sua contribuição para o blog. Quer conhecer mais sobre ele? Entre lá no tumblr dele, o Poesia Lúdica e poderá conhecer melhor esse jovem autor. Esperamos mais contribuições dele, em breve. Obrigado, Daniel!

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