"Me procuro, te acho, inseguro..."
Versos soltos, pensamentos soltos
Pedaços, em uma mente perturbada
Anestesiada
Um espaço branco com pedaços triangulares e negros flutuando
Galhos de arvores contorcendo-se
Formando desenhos criativos e maleficentes
O som do silêncio, ruído agudo
I
As sensações se chocam contra meu ser
Como onda contra a enseada
Percorrem meu corpo como choque
Deslizam e provocam arrepios
A beleza do caos
Estar imerso em um universo de completa bagunça
Incompletamente perdido
II
Ainda que eu tenha forças para me reerguer
Me faltam motivos para fazê-lo
Motivo nenhum para ficar não deveria ser motivo para ir
O oco dentro de mim faz eco com os gritos da minha mente
As paredes estão descascadas, com manchas de sangue
Das minhas unhas, que arranharam-na
Até que a dor passasse
III
O reflexo era iridescente, brilhante
Fluorescendo
Disseram-me que o céu estava azul
Olhei para cima e vi cinza
Não sou daltônico
Mas é preciso viver para ver a vida
Sobreviver não conta
IV
Mergulhar de cabeça é perigoso
O outro pode ser raso
Agora não dá
A chance se foi, e ficamos para trás
Tudo mudou, e não vai voltar
Aquilo passou, desarmou, desamou
Desalmou

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