Fonte: Google
Sugerido por Juliana Cristóvão
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É
inerente à sociedade, e às pessoas, a necessidade de movimentação. Seja do
nosso corpo, seja da nossa mente, seja da nossa vida, como rotina. Sempre que
estamos presos de alguma forma, somos atingidos pela sensação de estar
empacados. A sociedade nos cobra estar sempre progredindo, seja através do
estudo, do trabalho, da ação social. Nós mesmos necessitamos disso para nos
manter alertas, em dia com o futuro que se aproxima cada vez mais rápido.
Quando
estudamos, sentimos, que estamos a fazer algo de útil, investindo em nós
mesmos. Contudo, junto ao estudo, vem aquela sensação e pré-conceito, de que
estudar é chato. A ideia que temos de estudar, é a de estar sentados na frente
de um livro enorme, lendo textos cansativos, ouvindo palestras demoradas ou respondendo
exercícios complexos. Assim como nossa ideia de inteligência é a de pessoas com
conhecimentos de física, matemática e literatura.
No
entanto, tudo o que fazemos é estudo. No mundo de hoje, o estudo não mais
precisa ser essa luta lenta e dolorosa, pois os padrões de aprendizado mudaram,
e muito. Vídeo aulas, slides e apresentações são exemplos de novas formas de
abordar conteúdo. Mas, como conseguir a força, a determinação, para estudar por
si só?
Em
um mundo onde a internet está ao alcance de um toque, tudo parece mais interessante
do que estudar. Tudo é mais rápido, mais interativo e com certeza mais
divertido do que se ater a um conhecimento que você precisa ter por “obrigação”.
Tudo o que fazemos por obrigação se torna chato ou monótono. Logo, o primeiro
passo para alcançar seu objetivo é mudar a ideia da obrigação. Quando
estudamos, estamos investindo em nós mesmos. Estamos “malhando” nosso cérebro,
e tornando-o mais forte.
Quando
aprendemos algo novo, ampliamos as possibilidades ao nosso redor, compreendemos
melhor o mundo que nos rodeia, e nos preparamos para fazer parte ativa da
sociedade em que vivemos. Não se estuda para fazer provas, estuda-se para
aprender. Ou seja, deixar para estudar pouco antes da prova, ou apenas para
fazer aquela prova, não é o mesmo que aprender. Aprender é um processo
contínuo, que requer imersão e dedicação, mas em retorno te garante uma riqueza
que não pode ser tirada. Conhecimento é poder.
Se
dessa vida levamos algo para um possível pós vida, é o nosso conhecimento.
Logo, este passa a ser um tesouro de incomparável valor. Ao encararmos o
estudo, o aprendizado, com novos olhos, seremos capazes de melhorar os
sentimentos que relacionamos a esse processo, tão manchado pelo tradicionalismo
das escolas.
O
segundo passo é encontrar a ordem. Crianças aprendem através do caos. Por isso,
é comum ver uma criança rodeada de brinquedos, dando atenção para um de cada
vez, por pequenos períodos de tempo. Ali elas aprendem sobre formas, cores,
tamanho, profundidade, textura e etc. Mas essa é a forma delas de aprender,
enquanto nas idades mais próximas da adulta, a ordem nos facilita a compreensão
de conteúdos mais complexos. Saber organizar o conteúdo a ser estudado, de
forma progressiva, é uma boa maneira de tornar o estudo mais produtivo.
Além
disso, o hábito é algo poderoso em nosso processo de crescimento. Se separamos,
o mesmo horário, diariamente, para uma atividade especifica, facilitamos o
condicionamento da nossa mente àquela atividade. Isso quer dizer que, estudar
no mesmo horário, todos os dias, tem seus benefícios para os nossos processos
de aprendizagem.
Porém,
é importante ressaltar que o momento de estudo deve ser especialmente preparado.
Isso requer afastamento das redes sociais e de todas as outras distrações.
Outro ponto importante é o silêncio. Ele nos ajuda a nos concentrar no que
estamos fazendo e produzir de forma contínua. Alguns fatores devem ser
atendidos antes do estudo. É importante que não se tenha fome, sede ou sono no
momento do estudo. Esses são fatores chave que nos ajudam a manter o foco por
mais tempo, sem maiores distrações.
Ou
seja, estudar depois de um bom cochilo e um lanche é melhor do que estudar no
final do dia, antes do jantar. Com menos preocupações na cabeça, o corpo e a
mente podem se concentrar na tarefa a que se dispõe.
Uma
das melhores formas de assimilar conteúdo é o uso das cores para destacar o
mais importante. Ler um texto nos ajuda a aprender de forma visual e, marcar as
partes que lhe parecem mais importantes ajuda os processos de memória. Ler o
texto em voz alta pode ajudar àquelas pessoas que aprendem bem de maneira
auditiva, enquanto tomar notas pode ajudar quem aprende pondo a mão na massa. O
processo de escrever, ajuda na memorização e internalização do conteúdo.
Além
disso, procure vídeos que possam complementar o conteúdo já aprendido. Há algo
de poderoso em ouvir alguém explicando a matéria, especialmente quando já se conhece
o conteúdo. O mais importante é compreender que, cada pessoa aprende de uma
forma, e criar suas próprias estratégias de aprendizado é o ideal para
realmente tirar proveito do estudo.
Quanto
à procrastinação, uma dica interessante é dividir seu objetivo em etapas, e se
impor prazos para concluir cada etapa. Muitas vezes nos afobamos em tentar
concluir uma tarefa, sem antes nota-la como um todo. Quando se tem em mente
passos, torna-se mais fácil alcançar o objetivo. É interessante que esses
passos estejam visíveis, em um local que se olhe constantemente. Isso
condiciona nossa mente à divisão do objetivo, tornando-o mais palpável.
Acima
de tudo, é importante termos em mente que, nosso ritmo individual deve ser
respeitado. Tudo leva tempo, e não estamos em uma corrida. O que eu não fiz
hoje, posso tentar fazer amanhã. O importante não é chegar ao objetivo o quanto
antes, mas alcança-lo de forma a se preservar sua saúde mental, tornando o
valor da conquista, significativo. Por isso, esse ano, desejo que cumpra alguns
objetivos, não todos. Afinal, realizar todos, é cobrar demais.
-Adolfo Rodrigues