Desinteresse, distância, incerteza;
Por quê os sinto vindos de ti pra mim? 
É sempre assim! Mas não seriam dessa forma as relações humanas?
Pautadas tanto em sentimentos mórbidos e limitados quanto em puros e imensuráveis? 
Não me entenda mal, eu bem sabia que nem tudo seria flores;
Há também desafetos e desamores.

Dou me da melhor maneira que posso
Mas a que custo? 
Custa todo esforço de minha pele e ossos. 
Ao passo de perceber que me limito pra te satisfazer 
Tudo para o seu 'bem me querer' não perder. 
Não quero simplesmente rimar, ou deixar poesia no ar. 
E não há nada de belo em padronizar a forma como se entrega afeto. 
Me deixo, para te deixar feliz. 
E, ainda isso, não é suficiente. Nunca é.

Talvez esteja delirando 
Talvez seja apenas o silêncio
Talvez você só queria ter coberto tudo com um lenço
Mas eu te digo: toda essa incerteza talvez acabe com o resto de ti que restou em mim.

Mas tudo é suportável, 
Até chegar o momento da indiferença.
Sou coercitivamente conduzido para fora de minha existência. 
Existo em ti, no amor que criamos 
E deixá-lo nunca é uma opção
Acaba sendo, literalmente, uma forma de expulsão. 
Agora sei como se sentem as pessoas despejadas:
Acaba o brilhos nos olhos, 
Acaba os abraços ao sorrir, 
Fica apenas uma lembrança do futuro que deixamos de construir.

João Pedro

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