Sempre tive afinidade com números. Aliás, com matemática: somo tudo. Somatizo tudo, também. Mas, numa dessas de somar, fiz as contas e percebi que não tenho tempo. Eu, definitivamente, não tenho tempo. Se tem uma coisa que eu não tenho, essa coisa é tempo. Não, não estou exagerando. Quer dizer, eu até tenho algum tempo mas é restrito, é contado - não dá para gastar, entende? Não tenho tempo para ficar desperdiçando. E, pelas minhas contas, você também não tem.

É bem simples, são grandezas inversamente proporcionais: quanto mais tempo você gasta, menos tempo você tem. E eu, que já gastei um tempão, não tenho mais nenhum para desperdiçar. Daqui por diante, só tenho tempo para investir. Quando se investe, espera-se que algo volte, certo? É isso mesmo. A partir de agora, só tenho tempo para o que me traz algo. Um algo que é bem específico, mas pode ser qualquer coisa. Digo, é específico porque precisa ser algo bom. Mas pode ser qualquer coisa. Qualquer coisa boa. Resumindo, tenho tempo apenas para investir no que me fizer bem.

Quanto a você, digo o mesmo: você não tem esse tempo todo que pensa ter. E se você, como eu, já gastou vários preciosos minutos com miudezas que fazem mal, tem menos tempo ainda. Essas pequenices são tão profissionais em roubo de tempo que a gente pode nem perceber: ficar com quem não quer ficar com a gente, se lamentar, observar demais a vida do outro, ficar onde não quer realmente estar, não amar, não sorrir, se irritar, não arriscar, guardar mágoa e, sobretudo, fazer mal à alguém. O que quer que seja, que não seja voltado para o bem, gasta o nosso tempo, o joga no lixo. E fazer mal à alguém é a maior perca de tempo que se pode cometer. Afinal, no fim das contas, o veneno sempre volta para você e o tempo maior é descontado do seu relógio da vida. 

Sendo assim, me desculpe, mas quando se tratar de qualquer perversidade, desrespeito, injustiça, ato de mediocridade e/ou desamor; não tenho tempo. Não tenho tempo para esse tipo de comportamento. E se, por acaso, você tiver esse tempo a perder, se tiver esse tempo para deixar de investir em si mesmo para cometer atos de injúria e/ou disseminar discursos de ódio, eu vou ter que te dizer: não tenho tempo para você. Não vou te ler, te responder, te escutar e nem querer te ver. Mas, se o seu tempo te for tão caro quanto o meu me é, te faço o convite de investirmos nosso tempo junt@s. Que tal?  Se o bem não pode ser feito pensando no outro, que seja feito, ao menos, em prol de nós mesmos: invista seu tempo em construir coisas, não o perca em tentar destruí-las. 

investindo meu tempo em você, 
Ane Karoline.

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