Vá em frente. Me chame de patética, louca, masoquista ou ridícula por estar esperando por alguma coisa que não existe. Revire os olhos e diga-me que não consegue entender. Me julgue por admitir que ainda fico sentada, acordada durante a noite e esperando que você esteja pensando em mim também. Sério, pode rir. 
Diga o que você tiver que dizer. Diga em alto e bom som. Diga que eu já deveria ter superado tudo. Diga que estou me martirizando. Diga que tudo isso é só perca de energia. Diga o que vier à sua mente sobre o fato de que eu estou admitindo abertamente que algumas vezes queria que você estivesse comigo, ao redor da fogueira contando suas histórias e que algumas vezes, quando eu escuto seu nome, meu coração ainda engasga.
Tudo bem. Eu sinto sua falta e não me sinto mal por isso.
Eu acho que está escrito em algum lugar que, uma vez que você segue em frente, uma vez que você se cura de ter sido machucado, você não é mais permitido a sentir falta de quem esteve com você. É como se um dia você fosse acordar e *PUF* ter superado tudo e nunca mais ficar triste sobre isso novamente. Parece que existe uma data limite para a solidão, para a nostalgia, para aquela sensação inexplicável de querer ligar e contar as novidades. É como se depois dessa data limite, desse mágico *PUF* você nunca mais fosse sentir nada disso. Você estaria livre de todos esses sentimentos e não se sentiria triste novamente. 
Mas é uma grande mentira. Uma completa e estúpida mentira.
Quando você ama alguém, e o ama profundamente, esse alguém está conectado a você. Se torna sua casa, sua tranquilidade e seu centro. Então, quando essa pessoa se vai, é natural que você sinta falta dela. É totalmente natural sentir saudades de lugares e de pessoas. Não é algo bom. Não é algo ruim. Apenas é. 
Sendo assim, algumas vezes, não há nada que eu possa fazer, eu sinto a sua falta. 
Não o tempo todo. Não, eu não estou ansiando por você a todo minuto, todos os dias. Eu não estou obcecada, não estou louca, nem depressiva e nem doente em um estado de solidão miserável. Mas algumas vezes eu sinto sua falta. Alguma coisa maravilhosa acontece e eu quero correr e te mostrar. Alguma coisa ruim acontece e eu quero ouvir sua voz me tranquilizando e dizendo que, de alguma forma, vai ficar tudo bem. Quando algo novo surge em minha vida eu tenho o impulso de conversar com você sobre isso e ouvir sua opinião. Algumas vezes eu, simplesmente, sinto sua falta.
E, quer saber? Estou cansada de tentar esconder isso.
Estou cansada de pensar que só por que estou triste, sinto falta de alguém ou só por que queria que as coisas não fossem como são, isso me torna fraca ou patética. Estou cansada de engolir coisas que me são fardos com o interesse de não parecer ridícula. Estou cansada de fingir que não sinto a sua falta só por que em algum momento alguma regra de etiqueta, alguma regra de "quem se importa menos" decidiu que eu não deveria. 
Você foi uma parte da minha vida. Você foi alguém importante para mim, alguém com quem me importei. Você foi alguém digno de ser lembrado. Eu me recuso a acreditar que empurrar as memórias para baixo da cama, fingindo que momentos nostálgico não estão em minha mente, fingindo que não sinto sua falta e do que fomos e do que poderíamos ter sido, pode ser mais saudável que, simplesmente, admitir a verdade. 
Sinto sua falta e não me envergonho disso. Sinto sua falta por que eu te amei. E se isso me torna patética, em seu ponto de vista, então, sou patética. 

TEXTO EXTRAÍDO DO SITE THOUGHT CATALOG E TRADUZIDO POR Ane Karoline.
LINK DO TEXTO ORIGINAL - em inglês.

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